quarta-feira, 28 de abril de 2010

Se AlguÉm Cair na Via do Metrô, Morre Eletrocutado?

Será que você morre eletrocutado se cair na rede metroviária?

No Brasil, não existe nenhum sistema em que a alimentação é híbrida, com trechos de vias com terceiro trilho e outros com catenária.

O que pode acontecer é um trecho com catenária ser alterado para terceiro trilho ou vice-versa (difícil de acontecer, pois sistemas com terceiro trilho geralmente não possuem gabarito - espaço - suficiente para instalação de catenária rígida). Na Linha 2 do Metrô-Rio, fizeram isso (passaram de catenária para terceiro trilho, mas não sei se as vias foram totalmente reconstruídas em todos os lugares), na época do Pré-Metrô. Antes, a manutenção do terceiro trilho é mais cara do que a catenária, e também é mais perigoso o terceiro trilho. Por conta disso, não faz sentido mudar de catenária para terceiro trilho.

Penso que só aconteceria se você CAIR NA VIA E METER ALGUMA PARTE DO CORPO numa barra de ferro que por cima é coberta com um plástico amarelo (no caso do metrô do Rio) e ficar que "embaixo" da plataforma...

Então, para você morrer eletrocutado tem que querer...≒

Fonte(s): Skyscrapercity

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pan 2007, uma Chance Desperdiçada

O Rio vive uma expectativa de melhorias por causa das Olimpíadas de 2016. Você se lembra das promessas do Pan 2007? Este excelente artigo da Exame relembra que as obras das prometidas Linhas 4 (Alvorada - Carioca) 5 (Cocotá - Aeroporto Santos Dumont) nunca saíram do papel.

O caos na organização dos Jogos Pan-Americanos e o pouco benefício que eles devem trazer ao Rio de Janeiro evidenciam quanto se planeja mal no Brasil oficial


Por Samantha Lima 14.06.2007

Revista EXAME -Um dia após a entrega da última medalha dos Jogos Olímpicos de 1992, os moradores de Barcelona, na Espanha, acordaram diante de uma nova realidade. Encerrada a movimentação de atletas e visitantes, restou uma cidade reurbanizada e moderna. Encantados, os turistas se multiplicaram -- desde então, o número dobrou para 5 milhões de pessoas por ano, o equivalente ao que o Brasil todo recebe. O ciclo de desenvolvimento iniciado com os preparativos dos jogos não parou mais. O impulso partiu do investimento de 10 bilhões de euros na preparação da cidade para abrigar o evento -- 60% destinados a obras de infra-estrutura. Barcelona foi do 11o para o sexto lugar entre as melhores cidades da Europa para realizar negócios, desbancando Milão e Zurique. No Rio de Janeiro, quando o último atleta for embora após os Jogos Pan-Americanos, em julho, restará aos moradores uma sensação de ressaca. Nenhum dos projetos custeados pelo orçamento de mais de 3 bilhões de reais -- oito vezes a previsão inicial -- mudará em um milímetro problemas graves da cidade. As propostas de melhorias ambientais e nos transportes, alardeadas como legado do evento, ficaram pelo caminho. Ao que tudo indica, o Pan caminha para ser mais uma espetacular chance perdida de recuperação da infra-estrutura da cidade -- ao contrário, é bem possível que no futuro seja lembrado como mais um caso de falta de planejamento e estouro de contas pagas com dinheiro público sem apresentar o resultado prometido. "O Rio ganharia muito mais se gastasse na busca de soluções de seus reais problemas, não no Pan", diz o economista americano Allen Sanderson, da Universidade de Chicago e estudioso do tema.
 
Quando o Rio se candidatou a sediar o Pan, em 2002, criou-se uma expectativa de que a cidade passaria por grandes mudanças. E não foi à toa. O grupo responsável pela candidatura, formado pelo Comitê Olímpico Brasileiro e por integrantes dos governos municipal, estadual e federal, se esforçou para impressionar a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), responsável pelos eventos. Para desbancar a americana San Antonio, a equipe apresentou inúmeros projetos de melhoria na infra-estrutura carioca. Da Barra da Tijuca, que abrigará os 5 662 atletas e 70% das competições, sairiam uma nova linha de barca até o centro, uma linha de metrô e um bonde até o aeroporto. A engarrafada via expressa que liga o bairro à zona sul seria duplicada. Cinco lagoas da região seriam despoluídas. Era de esperar que o Rio, guardadas as devidas proporções entre uma olimpíada e um pan-americano, realizasse algo na linha do que fez Barcelona. Após a olimpíada, a cidade espanhola ganhou uma nova orla, vias expressas e novas redes de telecomunicações e de esgoto. No Rio, porém, o orçamento estourou sem que nada similar saísse do papel. "Aquele era o momento de pensar em soluções para problemas como falta de segurança, transporte deficiente e poluição, em especial a da Baía de Guanabara", diz Georgios Hatzidakis, diretor da consultoria Olympia Sports, de São Paulo. "A cidade perdeu uma bela oportunidade de melhorar."

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Fomos Enganados por Cabral

O site Caos Carioca achou as promessas de campanha e os projetos do governo Sérgio Cabral, caso ele fosse eleito.

Em um sonho de projeto, Sérgio Cabral prometeu expandir as Linhas 1 e 2, concluir o primeiro trecho da Linha 3 e construir toda a Linha 4 no original (Centro - Barra da Tijuca).

Ele não prometeu a Linha 1A, nem a Estação Cidade Nova, responsáveis pela destruição do caótico Metrô do Rio de Janeiro.

Tampouco prometeu a renovação da concessão do Metrô por 20 anos.

E para falar a verdade, nem a Estação General Osório ficou pronta, já que uma das saídas continua em construção, assim como a tal Estação Cidade Nova, atrasada há alguns meses.

Para completar o desastre da administração Cabral, a Estação Uruguai está sendo anunciada para 2014. Apesar de defendermos a conclusão desta estação, ele não a prometeu.

Ou seja, democracia é assim no Brasil. Promete-se o que quiser, pois ninguém é punido por não cumprir o prometido.

Este ano temos eleições. Nossos sistema de transporte não precisa de mais quatro anos de governo Cabral.

Aliás, da onde veio esta idéia idiota da Linha 1A?

Quem quiser ler o pdf todo (que não aborda apenas o metrô, visite o Caos Carioca).


Como ficaram suas promessas?

Linha 1: Prometeu a Estação General Osório e ela foi concluída parcialmente.

Linha 2: Prometeu: Estação Praça da Cruz Vermelha, Estação Carioca, Estação Agostinho Porto, Estação Coelho da Rocha e Estação Belford Roxo. Nada foi feito.

Linha 3: Prometeu: Estação Praça Araribóia, Estação Jansen de Mello, Estação Barreto, Estação Neves, Estação Vila Laje, Paraíso, Estação Parada 40, Estação Zé Garoto, Estação Mauá, Estação Antonina, Estação Trindade, Estação Alcântara, Estação Jardim Catarina e Estação Guaxindiba. Nada saiu do papel.

Linha 4: Prometeu: Estação Alvorada, Estação Barra Shopping, Estação Parque das Rosas, Estação Shopping Downtown, Estação Barra Point, Estação Jardim Oceânico, Estação Praia do Pepino, Estação Fashion Mall, Estação PUC, Estação Praça Santos Dumont, Estação Jardim Botânico, Estação Hospital da Lagoa, Estação Maria Angélica, Estação Humaitá, Estação Largo dos Leões, Estação Botafogo, Estação Laranjeiras e Estação Carioca. Começaram as obras da Estação Jardim Oceânico. Quase nada do que ele prometeu foi feito.


Total: De 38 Estações prometidas, ele construiu 1 (0,03%) - que não está terminada; construiu a não prometida Linha 1A e destruiu o Metrô do Rio de Janeiro!

sábado, 10 de abril de 2010

Metroviários Defendem a Linha 2 Original do Metrô do Rio de Janeiro

projeto linha 2 metrô rioO Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro defende a conclusão da Linha 2. Segundo orçamento levantado por eles, tendo como base a expansão do metrô para a Estação General Osório e as obras do Metrô de São Paulo, a expansão da Linha 2 custaria aproximadamente R$ 576 milhões. Este valor foi calculado em 2006. A Linha 2 seguiria da Estação Estácio para a Estação Carioca através da Estação Frei Caneca e da Estação Praça da Cruz Vermelha. O retorno do investimento viria em até dois anos.

Levar o Metrô da Estação Cantagalo até a Estação General Osório custou R$ 480 milhões, quase a conclusão da Linha 2.


A conclusão da Linha 2 é importante para

  • Conforto dos usuários.
  • Revitalização do Centro.
  • Facilitar acesso à rede hospitalar da Praça da Cruz Vermelha.
  • Desafogar a Linha 1.
  • Redução em cerca de 8 mil viagens ônibus/dia.
  • Redução da poluição.

Lembro, que parte da obra já foi feita. Além da Estação Carioca estar pronta, parte das escavações a partir da Estação Estácio foram feitas.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Linha 3: Mesmo com Suspeitas de Irregularidades, Convênio É Renovado

Por Duilo Victor

O Ministério das Cidades renovou, por mais um ano, um convênio de R$ 62,5 milhões para a construção da Linha 3 do Metrô — que pretende ligar a Praça Araribóia a Guaxindiba, em São Gonçalo — apesar de o mesmo acordo estar sob suspeita de graves irregularidades, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU).

Mês passado, a Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional colocou o convênio — firmado com a Secretaria Estadual de Trânsito — na lista negra de obras que não deveriam ter o dinheiro liberado pelo governo federal até que as irregularidades sejam sanadas. A lista é a mesma em que está a obra do Complexo Petroquímico de Itaboraí, também sob suspeita no TCU, mas cujo bloqueio de verbas foi atropelado por um veto do presidente Lula na Lei de Orçamento deste ano.

Em relação ao convênio da Linha 3, que prevê R$ 50 milhões da União mais contrapartida de R$ 12,5 milhões do governo do estado, três suspeitas de destacam: indícios de sobrepreço equivalente a R$ 57,6 milhões ou 30,6% do total do valor licitado; o fato de o estado não ter garantido no orçamento o dinheiro da contrapartida; e a alegação de que o Ministério das Cidades assinou o convênio sem qualquer manifestação formal prévia sobre o projeto.

Projeto já tem 10 anos sem ter saído do papel Como o acordo que está sob suspeita no TCU valia até 30 de dezembro, o novo convênio renova o prazo até o fim deste ano.

A promessa para a construção da Linha 3, que hoje está orçada em R$ 715 milhões, já dura dez anos e sequer os primeiros tapumes foram instalados.

— A renovação do convênio com o Ministério das Cidades mostra a confiança do governo federal no projeto. A população quer e precisa ver a obra em andamento e estou seguro de que os problemas encontrados pelo TCU serão esclarecidos — crê o subsecretário estadual de Transportes Sebastião Rodrigues, que atribui a demora na liberação do TCU ao recesso de fim de ano no tribunal.

Sobre os indícios de superfaturamento, o subsecretário já respondeu que o erro foi dos técnicos do TCU, que compararam os preços com uma tabela usada para construção imobiliária, que teria custo menor.

Apesar dos problemas no TCU, a liberação do dinheiro é dada como certa este ano. Tanto que outro convênio com o Ministério das Cidades, de cerca de R$ 300 milhões, já esteve em negociação no ano passado, mas ainda não foi assinado. Antes, esclarece o ministério, os questionamentos do tribunal terão de ser esclarecidos.

O deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ), representante da bancada fluminense na Comissão Mista do Orçamento de 2010, culpa a “inércia” do governo estadual pelo atraso no início das obras: — Este convênio prorrogando o prazo foi para dar retaguarda ao governo, uma vez que o problema com o TCU seja superado. A obra da Linha 3 foi colocada como prioridade do governo, mas, até agora, não foi levada adiante, inclusive tendo entrado na esfera penal. É inaceitável, pois revela inércia e incompetência.

Fonte: Otávio Leite.