terça-feira, 8 de novembro de 2016

O Maior Metrô Abandonado do Mundo: Cincinnati (EUA)

O metrô de Cincinnati passou por todos os processos que um sistema metroviário normalmente passa. Ele foi planejado na década de 1910, após muitos projetos para solucionar a mobilidade urbana falharam no município. Em 1916, a Câmara de Vereadores aprovou um empréstimo para o projeto e a população o aprovou através de um plebiscito em 1917. Só que com a entrada dos Estados Unidos na I Guerra Mundial, as obras foram adiadas. Com custos e juros mais altos após a guerra, os trabalhos finalmente foram iniciados em 1920.
A Lei Seca do final dos anos 1920 impactou severamente as finanças da cidade. Para acabar de vez com a obra do metrô tivemos a Grande Depressão de 1929.  O Prefeito Murray Seasongood dispensou a Comissão do Metrô fazendo com que seu próprio gabinete assumisse a responsabilidade pelo projeto e suspendeu as obras até a melhora da economia.

Nos anos 30 e 40 alguns projetos foram apresentados para concluir a obra mas nunca saíram do papel. O empréstimo dos anos 10 e 20 foram finalmente quitados em 1966. Nos anos 60, os túneis armanezavam vinhos e recebiam turistas interessados em conhecer a produção de álcool. Nos anos 70, surgiram projetos de transformar alguns túneis em boates. Finalmente, nos anos 80, começou-se a alugar os espaços para filmes.
Hoje, a receita do metrô de Cincinnati se resume à presença de turistas. Há um novo projeto em discussão para a implementação de VLTs na cidade que usariam parte dos túneis já construídos.

Em 2008, um estudo de engenharia classificou a estrutura construída como ótima. O custo anual de manutenção do sistema já construído está calculado em US$ 2,6 milhões. Se quiserem colocar terra e fechar os túneis, o custo chega a US$ 19 milhões. Finalmente, se quiserem concluir o metrô com o que já foi construído, custa US$ 100,5 milhões.

Os túneis hoje em dia servem de abrigo para mendigos e também para a passagem de água pluvial e algumas fibras óticas.
















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